Exposição de Desenhos Urbanos em Campo Grande: Uma Imersão na Arte de Pedro Porangaba

Semyonova Solpav
Semyonova Solpav 6 Min Read
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A cidade de Campo Grande se tornou um ponto de encontro para os apreciadores da arte e da arquitetura urbana com a exposição “Caderno Porangaba: Viagens e percepção”, que está em exibição na cafeteria Doces Lembranças até o dia 24 de março. Este evento oferece aos visitantes a oportunidade de explorar uma série de desenhos urbanos que capturam a essência de diferentes locais no Brasil e na Europa, todos realizados pelo artista Pedro Porangaba. Com o uso predominante de nanquim e lápis, as obras criam uma experiência visual única, marcada por traços precisos e sombreamentos que ressaltam a beleza e a complexidade dos espaços urbanos.

A exposição, com curadoria de Maria Margareth Escobar Ribas Lima, apresenta 34 desenhos que fazem parte do caderno de esboços do artista. A cada traço, Porangaba transmite a singularidade dos ambientes que captou durante suas viagens. De acordo com o artista, seu objetivo não é apenas mostrar o cenário, mas trazer uma percepção mais profunda através da técnica do nanquim, que permite uma rápida, mas precisa representação visual dos locais. Esse projeto surge como uma forma de preservar e refletir sobre as várias nuances culturais e arquitetônicas dos lugares por onde passou.

Em sua narrativa, o artista explica que a técnica de nanquim foi aprimorada ao longo de suas viagens, principalmente em São Paulo e na Europa. Durante sua jornada, ele passou a misturar o uso da caneta com o lápis para criar texturas e sombreamentos mais ricos. Esse processo deu aos desenhos uma profundidade que anteriormente não era explorada. O caderno de esboços, portanto, não apenas documenta os locais visitados, mas também testemunha a evolução do artista no uso de sua técnica, transformando cada desenho em uma história visual que vai além das linhas e sombras.

O caderno, que começou com esboços rápidos feitos em São Paulo, tornou-se uma obra mais densa e detalhada conforme o artista explorava novos estilos e técnicas. A primeira experiência significativa foi no Sesc Pompeia, onde, em apenas dois minutos, ele conseguiu capturar a essência do edifício com um único traço. Esse momento foi um marco na criação de Porangaba, pois ele percebeu que o desenho rápido também pode ser eficaz e belo, uma característica que ficou evidente em suas obras expostas na mostra.

A exposição “Caderno Porangaba” reflete uma busca pela simplicidade e precisão. Porangaba afirma que a técnica de nanquim e o uso do lápis não são apenas uma maneira de desenhar, mas sim uma forma de expressar sua percepção do mundo. Cada linha feita à mão tem um propósito, cada sombra e cada detalhe são importantes para transmitir a mensagem de cada local representado. O artista busca revelar não apenas o que seus olhos veem, mas também o que sente ao olhar para os espaços que habita.

Durante a exibição, o público tem a chance de se conectar não apenas com os desenhos, mas com a própria jornada do artista. Os traços feitos por Porangaba não são apenas registros de viagens, mas testemunhos de como ele se relaciona com o espaço urbano e com a cultura de cada cidade que visita. A arte se torna, assim, uma forma de diálogo entre o artista e a cidade, uma maneira de eternizar momentos efêmeros com a precisão de um simples traço.

A cafeteria Doces Lembranças, localizada na Rua Dom Aquino, 2055, no Centro de Campo Grande, se tornou o cenário ideal para a exposição. O ambiente acolhedor e intimista do local oferece um espaço perfeito para que os visitantes desfrutem das obras de Porangaba, refletindo sobre os detalhes urbanos e as formas que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano. O evento, que encerra no dia 24 de março, tem sido um sucesso entre os amantes da arte local e turistas que visitam a cidade.

Com a exibição dos desenhos urbanos de Pedro Porangaba, a cidade de Campo Grande se coloca como um centro de arte e cultura, capaz de proporcionar ao público uma imersão nas diversas formas de expressão artística. A mostra evidencia como a arte pode ser um reflexo da vivência e da percepção dos artistas sobre o mundo que os rodeia. As obras de Porangaba não apenas documentam, mas também provocam o olhar atento de quem se dispõe a enxergar a cidade de uma nova maneira.

Autor: Semyonova Solpav
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital

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